Outro dia alguém me perguntou se eu era membro da Igreja Universal do Reino de Deus. Respondendo negativamente, eu quis saber o motivo da pergunta. E era o seguinte: essa criatura me vira no dia anterior com um exemplar da Folha Universal – periódico dessa igreja – debaixo do braço. Não consegui evitar de rir na cara desse ser bitolado.
Mais tarde, pensando
sobre isso – gente que tira conclusões com base em coisas que, por si sós, não
permitem nenhuma – e imaginei algumas situações “normais” para esse tipo de ser,
entre elas:
- se eu sou visto com
“O Capital”, sou marxista e defendo a luta de classes;
- se me veem com uma
obra de Aleister Crowley, sou satanista;
- flagrado com um
exemplar de “Main Kampf”, sou simpatizante do nazismo.
Gente rasa e sem
capacidade de processar informação, ou que processa errado e chega às mais
estapafúrdias conclusões, isso existe em grande quantidade no planeta. Não são
de modo algum componentes de uma espécie em extinção. Infelizmente.
Há alguns
dias, no auge da PTfobia causada pela roubalheira que assolou o país no governo
anterior (tecnicamente, ainda é o mesmo governo, pois quem manda agora era vice
da que mandava antes), um sujeito apanhou na rua porque usava uma camiseta
vermelha. O detalhe tragicômico é que ele foi “identificado” como petista por
alguém que o viu pelas costas: a camiseta tinha, na verdade, uma estampa
frontal do logo do Chapolim Colorado.
Se isso não é noia, não
sei o que é.
Em tempo: a quem
interessar possa, não sou da Universal, nem marxista, satanista nem
simpatizante do nazismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário