Um homem havia chegado ao fundo do poço. Parecia que não havia como ficar pior, e ele acreditava que todas as áreas de sua existência estavam em ruínas. Pensava até mesmo em acabar com tudo, pois aparentemente não havia o que fazer nem como resolver tudo.
Então, um dia, de repente, teve um estalo, como se alguém estivesse falando com ele - e quem garante que não havia alguém? - e esse alguém lhe mandava agradecer.
A princípio, ele resistiu, mas depois começou timidamente.
"Eu tenho uma parede. Obrigado..."
"Eu tenho um teto. Obrigado."
E à medida que ele agradecia, começou a se sentir melhor.
"Eu tenho uma camisa e uma calça, obrigado!"
"Eu tenho um par de sapatos. Obrigado!!"
Os parentes e os amigos já começaram a considerar a hipótese de uma internação: achavam que ele havia perdido a razão. Só que, na verdade, ele a havia encontrado, não apenas a razão do raciocínio, mas a razão de viver!
Pode parecer estranho ou meio bobo agradecer por essas coisas que ele agradeceu, mas neste mundo desigual há muita gente sem um teto para se proteger da chuva, sem uma parede para se proteger do frio, sem roupas e calçados para se proteger das intempéries... o que é quase nada para uns é quase tudo para outros.
"Em tudo dai graças", já dizia a Bíblia. Mas nem é preciso ser cristão para ser agradecido. É uma questão de bom senso, de sabedoria.
A gratidão é uma das forças mais poderosas do universo, capaz de transformar carrancas em sorrisos e má vontade em disposição.
Que tal colocá-la em prática todos os dias, até fazer com que fique automática, que vire um hábito?
Vale a pena!
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